Processos administrativos tramitaram na Corregedoria em São Paulo
O delegado
de polícia Mauro Reinaldo Ricardo foi demitido do seu cargo, conforme decisão do
juízo da 2ª Vara Criminal, do Fórum de Itaquaquecetuba. A mesma pena já transitada
e julgada também foi imputada ao agente policial Ewerton de Paiva e ao
investigador Luis Carlos Ferreira. Quanto à carcereira Maria Aparecida Moraes teve
a sua aposentadoria cassada, todos eram lotados na Delegacia Central de
Itaquaquecetuba em 2004.
A sentença
foi publicada no Diário Oficial, do Estado de São Paulo, na edição de 20 de
maio último, na parte Atos do Governador.
O esquema
vigorava entre 2003 e 2004, segundo denúncia do Ministério Público, com a participação
dos quatro policiais civis, na ocasião acusados de adulterarem placas dos seus
próprios carros, conforme verificou o Gaeco e a Corregedoria da Polícia Civil
durante operação na Delegacia de Itaquaquecetuba.
A
constatação foi feita durante uma operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial
de Combate ao crime Organizado) de Guarulhos, se tornou inquérito e depois da
denúncia em processo, sendo os autores condenados. O grupo acusado recorreu das
sentenças aos órgãos superiores da Justiça, mas não tiveram êxito.
Na época, o
promotor Adolfo Sakamoto em entrevista à imprensa afirmou que os policiais conseguiam
placas não cadastradas junto ao Departamento de Trânsito “para adulterar placas
de veículos roubados. Com isso, os veículos roubados e furtados não podiam ser
recuperados”.
A Justiça
havia condenado os quatro policiais por adulteração de sinal identificador de
veículo automotivo. A pena de 4 anos se converteu em prestação de serviço.
A situação do
delegado Mauro Reinaldo Ricardo se agravou, pois ele era o titular da Delegacia
de Itaquaquecetuba. Ele também respondeu por peculato e acabou condenado porque
teria se aproveitado do cargo para fazer uso de bem privado de que tinha a
guarda.
Por este
crime, Mauro recebeu a sentença de 6 anos de prisão. Em 2015, os policiais
tiveram o direito de responder pelas acusações em plena liberdade.
A
Corrregedoria da Polícia Civil, na Capital, abriu processos administrativos que
também resultaram na perda dos cargos dos envolvidos e atendendo a decisão da Justiça
demitiu o delegado Mauro Reinaldo e os policiais Ewerton e Luis e cassou a aposentadoria
de Maria Aparecida.