Inquérito apurará morte no presídio
Um inquérito
será aberto pela Polícia Civil a partir de segunda-feira (28) para apurar os detalhes
da morte do detento Ronaldo Bizinha, de 73 anos, em cela especial da Cadeia
Pública de Mogi das Cruzes, com outro colega, também detido por crimes contra a
dignidade sexual. Ele foi encontrado enforcado, às 5h50 deste sábado (26).
O delegado
Argentino da Silva Coqueiro, diretor da Cadeia, foi acionado por carcereiros e
adotou as medidas necessárias, mobilizando a Polícia Científica, que realizou a
perícia que pode ajudar nas investigações.
O delegado
Daniel Miragaia, da Central de Polícia Judiciária, em Mogi das Cruzes, registrou
a ocorrência como morte suspeita, anotando no boletim sobre a existência de “dúvida
razoável quanto a tratar-se de suicídio”.
O corpo de
Ronaldo foi removido ao Instituto Medico Legal para ser submetido ao exame necroscópico. Ele estava preso por força de mandado de prisão
temporária em 28 de janeiro, quando policiais civis, da Delegacia de Poá, ainda
cumpriram mandado de busca e apreensão na casa dele, apreendendo dois
computadores, cartão de memória e outros objetos, que poderiam em tese configurar
a sua participação em crimes sexuais. Ao ser escoltado do interior de sua
residência à viatura várias pessoas revoltadas o ameaçaram de agressão.
Nesta
sexta-feira (25), Justiça converteu a sua prisão em preventiva, o que o levaria
a ser transferido para o Centro de Detenção Provisória, no bairro do Taboão.
SITUAÇÃO
Ronaldo foi
achado dependurado por um cordão na grade de ventilação. O único colega da cela
1, avisou o carcereiro de plantão que verificou que o corpo ainda estava quente.
O policial chamou uma equipe do Samu que confirmou o falecimento do detento.
A notícia de
sua ida para o CDP após ser decretada a prisão preventiva teria deixado o
aposentado Ronaldo Bizinha muito abalado.