SETE MORTOS NO CEMITÉRIO DO TERROR NO BAIRRO DO BOTUJURU

                   SHPP  começou domingo as investigações no cemitério (foto Guarda Municipal)          
 

 Sete corpos foram encontrados neste domingo, dia 22, pela Guarda Municipal, na conhecida rua Da Glória, no bairro do Botujuru, em meio a um terreno baldio. No final da tarde, após exames realizados por uma equipe do Setor de Homicídios de Proteção à (SHPP) e da Polícia Científica os corpos retirados das 6 covas por bombeiros, foram removidos ao Posto do Instituto Médico Legal e devem ser submetidos a exames de DNA, visando a identificação deles.

A identidade de cada vítima e a localização dos seus familiares é a primeira meta do SHPP para então investigar e encontrar os autores das execuções.

Os seis homens e uma mulher pareciam estar participando de uma reunião ou de uma festa. Há ainda a hipótese de que o grupo foi rendido, levado para o terreno, julgado e executado – ‘modus operandi’ da facção criminosa que age dentro e fora dos presídios do Brasil denominado PCC (Primeiro Comando da Capital).

No local, perto dos  corpos havia duas latas de cerveja, bituca de cigarro, seis pedaços de corda, fio coaxial, pé de chinelo, frasco plástico com medicamento, além de uma foice possivelmente utilizada pelos criminosos.

Uma das vítimas é Marcos Pereira Machado, de 42 anos, casado, que trabalhava como gesseiro e residia no Jardim Boa Vista,  em Suzano. A queixa do seu desaparecimento foi formalizada no dia 14 de novembro  na Polícia Civil e segundo a mãe dele, Maria Madalena Fernandes Machado, de 57 anos, o filho estava sumido desde o dia 3, mas não estranhou porque ele sempre viajava a trabalho.

No dia 14, no entanto, Maria contou na delegacia que recebeu telefonema de uma ex-cunhada. E através de informações dela contatou uma  ex-namorada do seu filho Marcos,  ficando sabendo que ‘ele já estava morto, mas não localizou o corpo nem no IML”. A Polícia apurou que Marcos já havia sido preso duas vezes em Suzano no 2º Distrito Policial, no bairro onde residia.

No cemitério clandestino foram localizados a carteira de identidade de Marcos, cartões bancário, do SUS e o de assistência técnica para celulares.

Uma equipe da Guarda Municipal contou ao delegado Guilherme Cyrino, de plantão na Central de Polícia Judiciária que fazia diligências pela rua Régis Plinio Batalha, no Botujuru, e notaram que desconhecidos saíram correndo depois de avistar a viatura.

Eles alegaram que pensaram ter no local ponto de venda de drogas, mas encontraram uma pá e uma enxada e 50 metros depois observaram que havia terra revirada.  Ao se aproximarem viram joelho de um ser humano e descobriram seis covas no matagal.