Um dos policiais militares mantém no chão o bombeiro já baleado na mira de sua arma
Somente na tarde deste sábado dia 5, o encarregado Reinaldo Aparecido Alves de Jesus Júnior, de 26 anos, compareceu na Delegacia Central de Suzano, para informar o delegado João Marcos Noman de Alencar, de plantão na Central de Flagrantes, que havia reconhecido o corpo no Instituto Médico Legal, naquela cidade, do seu irmão, o desempregado Ivanildo Izaias da Silva, de 22 anos, solteiro, que residia no bairro Fazenda Viaduto.
Ele foi
morto a tiros, às 6h45, do último dia 3, na Rua Dr. Prudente de Moraes, na Vila
Mazza, pelo bombeiro, da Polícia Militar, Ronaldo da Silva, de 24 anos, o qual
continuava neste domingo, dia 6, internado sob escolta da PM no Hospital das
Clínicas, na Capital, já que foi baleado pelo cabo Gomes e o soldado PM Caio
Vinicius, do 32º BPM/M, depois de executar a tiros Ivanildo.
Apesar de
ferido e caído na via pública, Ronaldo afirmou à equipe da Polícia Militar que “o
rapaz na via era o ladrão e eu sou polícia”. O bombeiro não obedeceu a ordem
dos policiais militares para abaixar o
revólver que empregou no assassinato.
Na bolsa de
Ronaldo foi encontrada ainda uma arma de brinquedo.
A versão
dele não convenceu a delegada Silmara Marcelino, de plantão na Central de
Flagrantes, e ela pediu para investigadores apreenderem a filmagem que mostra
exatamente como o bombeiro cometeu o homicídio.
Ele se
aproximou com a sua motocicleta e disparou tiros nas costas de Ivanildo. A cena
mostra o desempregado cambaleou até o outro lado da rua e ficou no chão já desfalecido.
A delegada
Silmara Marcelino autuou o acusado Ronaldo por homicídio simples. A Polícia
Militar adotou as providências na esfera militar e informou a Corregedoria da
Corporação.
O bombeiro
Ronaldo será interrogado depois de receber alta médica. Ele também deverá ser
transferido para o Presídio Romão Gomes, exclusivo da Corporação, em São Paulo.