Armas e objetos apreendidos em blitz da Polícia Civil
A mega ‘Operação Societates’, da Polícia Civil, surgida depois de intensas investigações que resultaram na elucidação do assassinato a tiros de um empresário em 3 de setembro último, na cidade de Cosmópolis, praticado por três acusados que residiam em Mogi, foi realizada na manhã desta quarta-feira, dia 16, sob a coordenação dos delegados de Cosmópolis e da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Americana, no Interior de São Paulo.
A ação teve
a participação efetiva de policiais, do 2º Distrito de Braz Cubas, e do Garra
(Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos).
A blitz
liderada pelos titulares Fernando Fincati Periolo, de Cosmópolis, e José
Donizeti de Melo, de Americana, reuniu 30 homens e 9 viaturas, sendo realizada
na manhã desta quarta-feira, dia 16, em
pontos diferentes da cidade.
Uma das
metas era capturar um dos mandantes do crime que residia em Mogi, o chinês
conhecido como “Chow”, mas ele não foi localizado e já teria fugido para o seu
país.
Mas, as
equipes prenderam por porte ilegal de arma um acusado de portar uma pistola
automática com a numeração suprimida. Ele foi autuado em flagrante, mas a sua
identidade não foi revelada.
Outro
suspeito foi levado para a delegacia com uma outra pistola. Ele dizia que tinha
documentos da arma, que serão ainda avaliados pelos policiais.
Diversas
armas para a prática de Airsoft foram retidas, pois não continham como é obrigatório, a ponta
laranja nas saídas dos canos. De acordo com as autoridades, “estas armas imitam
com precisão pistolas e fuzis”.
Nas buscas
foram encontrados ainda armas de pressão, além de documentos, celulares e
eletrônicos que podem ajudar no prosseguimento das investigações.
CRIME
Os autores
do homicídio encomendado do empresário Christian Amando da Cruz foi cometido,
às 11h15, de 3 de setembro de 2020, na frente da firma dele, Distribuidora de
Peças de Bikes, na avenida da Saudade, em Cosmópolis. Um dos criminosos ficou
no carro, dois se aproximaram da vítima e um deles depois de uma breve conversa
lhe desferiu 5 tiros.
A fuga dos
assassinos ficou registrada por câmeras de monitoramento da Guarda Municipal.
Eles ocupavam um Clio, da Renault, e a placa de Mogi foi anotada e divulgada
para a Polícia do Estado de São Paulo.
O motorista
Rodrigo Jeferson Pupo passou com o Clio num radar inteligente, em Mogi. O
alarme foi acionado no sistema e a Polícia Militar o deteve. Logo, na
delegacia, ele confessou a sua participação no crime e teve a prisão temporária
decretada.
Os outros
dois envolvidos também foram identificados como o autor dos 5 tiros com um
revólver 38, Thiago Melo dos Santos, ainda foragido, e Daniel da Silva Caru, o
qual se mudou de Mogi para São Paulo, onde foi capturado por roubo e acabou na
prisão, onde os policiais do Interior cumpriram o mandado de prisão expedido
pela Justiça, em razão do homicídio.
Nas
investigações feitas sob as ordens dos delegados Fernando Fincati e José Donizeti,
também foram reconhecidos e detidos por força de mandado de prisão temporária
os ex-sócios de Christian, apontados como mandantes intelectual da execução.
A Polícia Civil só divulgou os nomes deles, os
irmãos Gelson e Gelsino, além do filho deste último Wesley, e o chinês “Chow”,
de Mogi das Cruzes.
Os
empresários são acusados de pagar R$ 10 mil para cada participante na morte de
Christian, conforme apurou a Polícia Civil.
Segundo os
delegados, “a motivação do crime seria uma briga entre Christian e os seus
então sócios por suspeita de desvios financeiros e de peças comercializadas. A
vítima já estaria processando os sócios”.