Edjane foi autuada em flagrante por homicídio simples
Cansada do relacionamento abusivo, a dona de casa Edjane dos Santos Lima, de 40 anos, matou com golpes de martelo
na cabeça e facadas pelo corpo, o marido dela Cristiano Oliveira Santos, de 42
anos. O crime foi cometido, às 2h55, da madrugada desta quarta-feira, dia 20,
na residência da família localizada na rua Nossa Senhora da Aparecida, na Vila
Japão, em Itaquaquecetuba.
A mulher
ficou aguardando a chegada da Polícia Militar e foi levada para a Central de
Flagrantes, onde foi autuada por homicídio simples e permaneceu em uma das
celas do Presídio Feminino instalado na mesma delegacia. Ela não tinha antecedentes e participará da audiência de
custódia no Fórum de Mogi.
A filha Luma
Lima de Oliveira, de 18 anos, disse aos policiais que acordou por causa do barulho
e já viu o seu pai ferido. Sem saber o que havia acontecido, ela ligou para o
nº 192, e pediu uma ambulância do Samu. Em seguida, a mãe Edjane foi ao seu
encontro já pedindo perdão.
Questionada
sobre o relacionamento dos pais, Luma contou que se tratava de um
relacionamento abusivo, sendo que, conforme afirmou na delegacia, presenciou
por várias vezes o terror psicológico que seu pai fazia com a mãe, relatando que a mãe dela lhe confidenciou
que até era ‘abusada sexualmente por ele’.
Ela explicou
que nunca viu o seu pai agredir a sua mãe, porém lembrou que ele a mantinha
presa em casa, não recebia incentivo, a questionava sempre quanto as características físicas dela e a
desprezava.
Para agravar
a situação do casal, Cristiano vinha ameaçando de morte a irmã de Edjane,
Jussiana, a qual estaria incentivando-a se separar do marido. A versão também
foi contada por Luma aos policiais de plantão.
Interrogada,
Edjane narrou que estava decidida a se separar de Cristiano. Cansada das
ameaças dele, ela resolveu esconder embaixo do colchão na sala do imóvel um
martelo e uma faca.
A mulher
contou que Cristiano se sentou no colchão e começou a mexer no celular. Naquele
momento, Edjane disse que pegou o martelo e o golpeou várias vezes na cabeça e
logo após com a faca o atingiu em diversas partes do corpo.
Edjane afirmou
que depois do crime telefonou para a irmã Jussiana o que havia feito e ficou na
casa aguardando a chegada da Polícia.