PRESO POR PENSÃO ALIMENTÍCIA TENTA FUGIR DA CADEIA PÚBLICA DE MOGI DAS CRUZES. CARCEREIROS SÃO AGREDIDOS, MAS CONSEGUEM CONTROLAR A SITUAÇÃO

                                                    Tensão na Cadeia Regional de Mogi

O empreiteiro Ricardo Henrique Ferreira, de 44 anos, preso por pensão alimentícia foi autuado em flagrante, na madrugada deste sábado, dia 9, pela Polícia Civil, por evasão mediante violência contra a pessoa, lesão corporal e ameaça. Ele tentou fugir da Cadeia Regional de Mogi das Cruzes, por volta da zero hora. Ele e os seus colegas de cárcere, que negam a participação no ataque aos carcereiros, também vão responder pelos crimes, conforme decidir a Justiça. No boletim de ocorrência constam como investigados  os internos autores de outros crimes, Jackson Correia, de 29 anos, Arlley de Jesus Costa, de 30 anos, e João Henrique Alves Martins, de 36 anos. Um quarto preso não foi reconhecido.

O agente policial Genivaldo Ribeiro Silva, o “Silva”, de 57 anos, foi atacado pelas costas por Ricardo Henrique e teve a sua cabeça lançada contra a grade da cela denominada ‘X1’, onde ficam criminosos que praticaram outros delitos como roubo.

Na ocasião, apesar de estar fazendo fiscalização do local, Silva foi pego de surpresa no corredor da tradicional Cadeia da Região do Alto Tietê.

A ordem para o grupo é que segurasse o policial civil junto à grade. Um detento, não identificado, aplicou uma ‘gravata’ no policial e o manteve de costas.

Nesse meio tempo, Ricardo Henrique foi ao encontro do policial Maurici Gonçalves, de 58 anos, para lhe tomar a arma, uma pistola automática.

O agente estava do lado de fora da galeria, dando ‘cobertura’ para Silva e entrou em luta com o empreiteiro rebelado. Enfim, o carcereiro Genivaldo Silva se livrou do golpe no pescoço e com o colega Maurici controlaram a situação, dominando Ricardo.

O alarme de fuga foi dado e logo equipe de plantão da Polícia Cientifica, cujo prédio é vizinho, já estava na cadeia para dar apoio. Assim aconteceu com os investigadores Kleber Messias e Fábio dos Santos, do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos)  que deram ‘voz de flagrante’ para o acusado de tentar escapar.

TRADIÇÃO

Na história da Cadeia Pública não constava nenhuma participação de preso administrativo por inadimplência de pensão administrativa em ataques a policiais ou participação em rebeliões. Normalmente, não são considerados ‘criminosos’, e até ajudam na limpeza do presídio e na remoção do lixo.

Portanto, as portas das celas, onde permanecem dia e noite, aguardando à disposição da Justiça, para a quitação da dívida, não ficam com cadeados. Mas, após esse episódio, essa rotina poderá ser alterada.