Quem paga o prejuízo: pacotes de linguiça no lixo
“Quem vai
pagar o prejuízo ?”. A indagação é de todos que passam a ler esta matéria sobre
dezenas de pacotes de linguiça calabresa que foram para o lixo na tarde desta
quinta-feira, dia 18, no pátio do Centro Municipal Integrado deputado Maurício
Najar, no bairro do Mogilar. Os produtos que deveriam integrar as cerca de 2000
mil cestas que restam das 28.779, em Mogi das Cruzes, ainda não foram
distribuídas para as famílias menos favorecidas registradas no Programa
Alimento Solidário do Governo do Estado.
No final de
dezembro, o Site Polícia em QAP denunciou a existência de então 6 mil
cestas básicas que aguardavam chegar nas mesas das famílias registradas no
Cadúnico e que recebam o benefício da Bolsa Família no valor de R$ 89,00.
Na ocasião,
a administração anterior da Prefeitura Municipal reafirmou sobre o trabalho de
distribuição, alegando que estava movimentando 60 funcionários.
Seis mil
cestas foram recontadas e repassadas para a gestão do novo chefe do Executivo
eleito Caio Cunha. Dois meses se passaram e faltam ainda aproximadamente 2 mil
cestas que devem ser entregues aos menos favorecidos. Há uma informação extra oficial que o saldo restante chegará para as
famílias, mas sem a linguiça calabresa.
Aliás, o menos favorecido que receber a cesta deve prestar muita atenção para verificar
se o pacote de linguiça, caso esteja na cesta básica, não está fora do prazo e
deteriorado, pois há informes que “nem todas as linguiças foram retiradas das
cestas básicas, apenas aquelas que as embalagens fechadas à vácuo apresentavam
fissuras”, disse uma fonte oficial da Prefeitura.
Por outro
lado, um funcionário do local, que quis preservar a identidade, explicou que “todos
os pacotes de linguiça foram recolhidos das cestas por questão de saúde pública”.
O trabalho de recolha seguia nesta sexta-feira,
A Prefeitura
empenhou, na tarde desta quinta-feira, funcionários para realizar o serviço de
fiscalização. O cheiro no local exalava forte odor, pois eles tiveram o cuidado
de abrir grande parte das cestas, retiraram as linguiças das embalagens da
marca do produto e também o plástico indicava a procedência: doação do Governo
do Estado de São Paulo.
É claro que
as linguiças seriam descartadas de acordo com as normas da Vigilância Sanitária
Municipal e os plásticos da mesma forma, mas isoladamente, por questão de imagem
As linguiças
viraram lixo e o prejuízo está sendo elevado, pois teve um custo ao Governo do
Estado. Faltou logística e nada justifica ser alegado que em janeiro e
fevereiro os funcionários responsáveis pelo serviço estavam em férias.