Iago fala no celular pouco depois de atirar: Ricardo fica no chão
Continuava internado no fim
da tarde desta quinta-feira, dia 8, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), do
hospital Luzia de Pinho Melo, no Mogilar, o auxiliar de estoque Ricardo de
Oliveira Penha Soares, de 25 anos, conforme informou a técnica em enfermagem
Vitória Mayumi Gonçalves Fukushi, de 20 anos, ao ser procurada pelo Site
Polícia em QAP . Ela afirmou que “ainda não tenho notícias dos médicos sobre o meu
marido, o que deverá acontecer na próxima segunda-feira (dia 12)”.
Ricardo levou um tiro na
altura do pescoço, às 18h50, do último domingo, dia 4, em meio a uma discussão
de trânsito com o administrador financeiro Iago Alves de Oliveira, de 28 anos.
Segundo Vitória, o
motorista do Land Rover Eveco (Iago) quase bateu no Fiat Palio, guiado pelo seu
marido Ricardo, a cerca de um quarteirão do local onde ocorreu o crime de tentativa de
homicídio, na rua Frederico Straube, na Vila Oliveira.
A Polícia Militar apurou
que Ricardo seguiu Iago para conversar e alcançou o carro dele. O auxiliar de
arquivo desceu do Palio e se aproximou da janela do Land Rover, já estacionado.
Vítória disse na delegacia
que “ouvi o meu marido falar para ele (Iago) que era pai de família e
trabalhador e era perigoso o que ele (Iago) havia feito”.
Ela contou nesta quinta-feira
que “eu já estava se aproximando do meu marido quando houve o disparo, cheguei
a ver a arma. O autor do tiro foi solto na manhã de segunda-feira. Eu quero
Justiça. Vou sim constituir um advogado para acompanhar o processo e auxiliar o
Ministério Público”.
Ricardo transportava no
veículo a esposa, uma prima dela e o filho do casal, de apenas 5 meses.
Aliás, ela socorreu o
marido e lhe aplicou os primeiros socorros com o bebê no colo até que uma
motorista parou o carro e pegou a criança.
As manobras de
atendimento prestados por Vitória salvou o marido, pois ela conseguiu estancar
o sangue que escorria pelo pescoço.
Já Iago Alves estava
acompanhado do filho, de 8 anos, no seu Eveco, no instante em que disparou a
pistola automática, de calibre 380.
O delegado Guilherme Cyrino
o autuou em flagrante na Central de Polícia Judiciária, em Mogi das Cruzes, por
tentativa de homicídio qualificado – meio que impossibilitou a defesa da vítima
e motivo fútil.
A autoridade ainda
requisitou que os procedimentos de Polícia Judiciária se tornassem em prisão
preventiva, mas Iago que depois de liberado da delegacia foi levado sob escolta
para a Cadeia de Mogi, participou da audiência de custódia no Fórum local, e
foi colocado em liberdade pela Justiça, na manhã desta segunda-feira, dia 5,
considerando que o acusado não tinha antecedentes criminais, possui trabalho e
moradia fixa. Ele, então, passou a responder pelo crime em liberdade.