A técnica em
enfermagem Débora Batista de Assis, de 46 anos,
na tarde do último dia 17, segunda-feira, negou na Delegacia Central, em
Itaquaquecetuba, que não tenha aplicado vacina contra Covid-19 em Ilma Pereira Neto, no Posto de Vacinação
localizado na Vila Virgínia. Ela foi levada à unidade policial
por um guarda municipal depois da reclamação da idosa e familiares. O delegado Roberto Gusmão
registrou a ocorrência como “outros não criminais”.
Débora, no
entanto, passou a ser investigada pela Polícia Civil, pois no dia 18, após a
declaração feita pela suspeita na véspera, o secretário municipal da
Saúde, Edson Rodrigues formalizou uma queixa em seu desfavor sobre infração de
medida sanitária preventiva – artigo 268, do Código Penal Brasileiro.
Ao delegado Danilo
Sene, o secretário Edson disse que soube do crime através das redes sociais,
sendo que havia denúncia de que “duas munícipes não haviam recebido a vacina durante a campanha da vacinação”.
“Em um dos
casos Débora insere a agulha no braço da paciente Maria e não inocula o liquido
imunizante, mas seus familiares perceberam e só então Débora efetivamente
aplicou a vacina”, relata o histórico do boletim de ocorrência.
Quanto à
outra vítima Ilma, “Débora também inseriu a agulha e a retirou sem a introdução
da vacina, porém seus familiares nada perceberam e foram embora”
Ainda de
acordo com o que frisou o secretário municipal, Débora é prestadora de serviços
conveniada à Prefeitura de Itaquaquecetuba através da Universidade Univeritas,
onde ele declarou que a suspeita é estudante de enfermagem.
O próprio
médico Edson afirmou que ela foi questionada e negou as acusações, mas há
vídeos que serão apresentados à Polícia Civil e devem ser anexados ao inquérito
que deve ser aberto para apurar as denúncias. O secretário ao concluir na
delegacia explicou que a idosa Ilma já foi vacinada.
MEDIDAS
O prefeito
Eduardo Boigues disse em rede social que
“ já tomamos providências. O boletim de ocorrência já foi feito. Você
(Débora) não tem amor próprio. Nós estamos correndo muito atrás de vacinas
junto ao Governo do Estado, procuramos salvar vidas, enquanto você coloca em
risco a vida de pessoas. E se fosse a
sua mãe, o que faria ?”.
Ainda
conforme o chefe do Executivo, o perdão de Débora será de Deus, mas ressalva
que “aqui ela vai responder pela Justiça dos homens, inquérito policial e
processo criminal”.
A técnica em
enfermagem Débora Batista já foi afastada de suas atividades.