No conceito do policial Romão “cães são agentes enviados por Deus à Terra para ensinar a gente do verdadeiro significado da palavra lealdade, proteção e amor”.
O policial civil Fábio Romão, de 39 anos, da Delegacia Seccional de Polícia de Mogi das Cruzes, se tornou o primeiro integrante da Instituição aprovado e em 5º lugar, entre os 12 últimos candidatos finalistas, já que 7 foram desligados, no "Curso de Estágio de Adestradores de Cães de Guerra", do Exército Brasileiro, em conjunto com o seu cão "Cérbero" , de 2 anos, da raça pastor belga, de Malinóis.
Cérbero tem o perfil para receber a grande homenagem no “Dia Nacional do
Cão”, comemorado nesta quinta-feira, 26,
em todo o país. Segundo Romão, dois policiais militares também fizeram o curso e foram classificados, um deles, uma mulher e o seu cão alcançaram o 2º lugar.
Treinados durante dois meses e meio, o seu dono e o cachorro foram preparados
para combater em uma guerra e até podem colaborar na prevenção e
contenção da criminalidade no dia a dia.
O mogiano Fábio há 8 meses se
transferiu de São Paulo para Mogi e está atuando como papiloscopista, no Posto
do IRGD (Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt), da Seccional.
Formado em Ciências Jurídicas, ele afirmou que já conquistou a carteira da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), mas não pode exercer por ser policial, porém explicou que é professor de pós-graduação e ainda ensina Criminologia no curso de formação para os novos agentes de segurança e de escolta da SAP (Secretaria da Administração Penitenciária), do Estado de São Paulo.
O professor ressaltou que possui especializações na esfera de Direito Penal e Processual e em Criminologia e informou que já passou no concurso como professor da Academia da Polícia Civil. .
Romão contou que desde criança quis seguir carreira afeta à segurança pública, entendendo ainda que “o policial é um
agente da lei. Ele cumpre e faz cumprir a legislação”,
Apaixonado
por cães, o policial lembrou como chegou ao curso promovido pelo Exército Brasileiro.
“Eu pesquisei e verifiquei que o Exército já ministrava este curso e o nome está associado a ação do homem e ao seu cão, operando em
situações adversas inimagináveis, desde a fase de GLO, garantia da lei e da
ordem, previsto na Constituição, e em
situações como a das Nações Unidas, quando
o Brasil foi para o Haiti. Lá, as forças especiais, do Exército, utilizaram cães
em suas atividades.”.
O curso
aconteceu no 2º Batalhão da Polícia do Exército, em Osasco. “Aprendemos sobre questões
teóricas, a história da utilização dos cães no serviço militar e policial, além
de adestramento dos cães para esta finalidade, desde o treinamento para busca e
captura, encontro de pessoas, faro de explosivos e narcóticos. Há incursões em
ambientes fechado e hostil.”.
Ainda de acordo com Romão, “os cães são usados em selva, rio e mar, tudo no binômio homem e cão juntos, são inseparáveis. No treinamento se o cão se cansa ou algo acontece, o homem tem que carregá-lo até o final do treinamento, dormir na mesma barraca e também assistir aulas ao lado dele”.
No conceito do policial Romão “cães são agentes enviados por Deus à Terra para ensinar a gente do verdadeiro significado da palavra lealdade, proteção e amor”.
A Polícia Civil do Estado de São Paulo não dispõe de uma unidade denominada “K9”, diferentemente do que acontece nas forças de segurança como a Policia Militar e Guarda Civil Municipal, mas existem ações que policiais usam os seus próprios cães treinados.