LOTHAR, MÉDICO CONDENADO A 28 ANOS POR MATAR O AVÔ, ESTÁ NO PRESÍDIO DE MOGI, AGUARDANDO VAGA EM UMA PENITENCIÁRIA





O médico Lothar já está formalmente preso na Cadeia de Mogi






Passados 10 anos do assassinato  a golpes de faca do próprio avô Gerhard Kaltmaier, de 81 anos, o réu, o médico Lothar Kaltmaier, de 34 anos, ouviu a sentença de 28 anos de reclusão, a cumprir em regime fechado, e no fim do julgamento no Fórum, em Braz Cubas, foi removido para a Cadeia Pública de Mogi das Cruzes, na madrugada desta terça-feira, dia 28. Por ter curso superior, ele pode optar, conforme determina a legislação penal, em ficar sozinho em uma cela ou com trabalhadores presos por inadimplência de pensão alimentícia.

Lothar permanecerá no presídio mogiano até surgir a sua vaga dentro do sistema carcerário do Estado de São Paulo, o que já foi requisitado pela direção da Cadeia, conforme explicou à tarde o chefe da carceragem Jaércio da Cunha Braga. “É um sistema rotineiro para qualquer detento nesta condição”, completou. 


O autor da execução também já participou da audiência de custódia e se submeteu ao exame de corpo de delito no Instituto Médico legal, sendo concedidos todos os seus direitos como acontece com os recém chegados num presídio. E ainda passará a usar uniforme quando for removido para uma das unidades da SAP (Secretaria da Administração Penitenciária)

 

O crime foi cometido em 2011, na empresa da vítima no bairro do Rodeio, onde surgiu uma discussão após o avô negar pagar dívidas do neto, de 24 anos, em torno de R$ 5 mil. Na ocasião, o réu era estudante de Medicina e durante o seu interrogatório no início do júri, ele alegou que foi muito ofendido pelo avô.

 

DEFESA

 

O advogado Jair Jacob Filho irá recorrer da sentença imposta ao seu cliente e representando a sua banca considerou em uma divulgação que  “a decisão judicial impôs pena excessivamente alta, sem devido amparo legal e não justificado no caso, demonstrando um inequívoco viés punitivo incompatível com a postura de imparcialidade exigida do Poder Judiciário. Isso ficou ainda mais evidente com a arbitrária e abusiva prisão determinada após oi julgamento, medida que contraria decisões dos Tribunais Superiores que impedem a prisão antes do trânsito em julgado. Iremos recorrer para assegurar o estrito cumprimento da Lei”