Crimes ficaram registrados na Central de Polícia Judiciária
Um comerciante
foi acusado de ofender e agredir, na noite deste sábado (9) a conselheira
tutelar Thaysi Ferreira Ferraz, de 41 anos, em Jundiapeba. Ela foi atacada
quando fotografava uma padaria e mercado, na rua Professora Lucinda Bastos,
onde o acusado teria mantido como escrava uma adolescente baiana, de 17 anos,
durante dois meses.
Ele chegou
pelas costas e gritou que não dava autorização para fotografar o seu estabelecimento,
apesar de ela estar a 30 metros de distância. Em seguida, começou a falar palavrões
e desferiu socos na direção da conselheira, que tentou se desvencilha, mas foi
atingida na mão direita e nos dedos.
O
comerciante fugiu em seguida com a sua esposa e não foi encontrado pela Polícia
Militar. Thaysi comunicou o atentado ao delegado José Carlos dos Santos Alvarenga,
da Central de Polícia Judiciária, em Mogi das Cruzes, que registrou a
ocorrência como redução à condição análoga de escravidão, agenciar e recrutar, -
crimes relacionados à vítima adolescente. E pelo ataque à conselheira, ele vai
responder por desacato e impedir ação de autoridade judiciária.
A garota diz
que chegou da Bahia e através de uma prima foi morar e trabalhar no comércio.
Denunciou que o comerciante não a pagou adequadamente como o combinado, não concedia
alimentação em nem mandou medicá-la quando ela cortou um dos pés.
Um inquérito
policial deve ser aberto no 4º DP, em Jundiapeba, onde devem prosseguir as investigações.
O autor dos crimes já foi qualificado pelas Polícias Militar e Civil, mas segue
foragido na tarde de domingo (9).