Danilo nega participação no crime, diz delegado
O delegado
Denis Miragaia, assistente do 1º Distrito Policial, no Parque Monte Líbano,
disse na tarde desta segunda-feira (8), que vai pedir à Justiça que torne em preventiva
a prisão temporária já decretada a seu pedido em desfavor do assaltante Diego
Augusto do Castro Vale, de 30 anos, acusado de agredir em roubo, na manhã do
último dia 4, o advogado Antonio Bezerra de Oliveira, de 74 anos, que morreu no
último sábado, na Santa Casa de Mogi das Cruzes.
O crime foi
cometido no escritório na esquina das ruas Barão de Jaceguai e Princesa Isabel
de Bragança, no centro de Mogi, e contou a atuação do comparsa de Danilo, Victor
Medrado, de 24 anos, preso pela Policia Militar, autuado em flagrante por tentativa
de latrocínio e que teve a prisão preventiva decretada sábado na audiência de
custódia na Cadeia local.
Medrado foi
removido para o Centro de Detenção Provisória, no bairro do Taboão, enquanto Danilo
está no Presídio de Mogi, à disposição da Justiça.
“Vou fazer
diligências e ouvir algumas testemunhas, além de aguardar o laudo das roupas
que Danilo usava no dia do crime que requisitei ao órgão competente”, explicou
o delegado Denis Miragaia ao Site Polícia em QAP.
No final de
30 dias ao relatar o inquérito e o encerrar como crime esclarecido vai requisitar
que o acusado seja mantido encarcerado até a Justiça aplicar a sentença. Segundo a autoridade, Danilo "nega a participação no crime".
CUMPRIMENTO
Danilo Vale
foi preso segunda-feira na casa onde mora com a mãe no Conjunto Santo Ângelo. Uma
equipe de policiais civis, além do mandado de prisão temporária, também cumpriu
mandado de busca, apreendendo uma calça peta e uma blusa de moleton que Danilo
vestia no dia do crime.
As peças
serão encaminhadas à Polícia Científica, conforme consta no boletim de
ocorrência sobre captura de procurado elaborado pelo escrivão Mauro Kato, seguindo
orientação do delegado titular Francisco Del Poente.
ROUBO
Antes de a
dupla Danilo e Victor agredir a socos com muita violência o advogado Bezerra,
ela arranjou uma confusão no bar, na rua Barão de Jaceguai, na frente do
escritório.
A Polícia apurou
que Danilo e Victor trabalharam num restaurante no Mogilar. No final do
serviço, eles e um colega resolveram ir até o bar. No local, Danilo e Victor
estavam bêbados e teriam consumido drogas.
“Eles
queriam que o dono do bar fizesse um Pix, lhe transferindo dinheiro”, contou
uma testemunha. Que abandonou os dois sozinhos e foi embora para casa.
O comerciante
não aceitou. Os criminosos se voltaram para Bezerra que ali estava tomando um cafezinho.
Ele se apresentou como advogado, negou o pedido e retornou ao escritório depois
de uma rápida discussão.
Danilo e
Victor que ainda tentaram entrar num hotel, tipo “inferninho” nas proximidades,
não conseguiram, a cena chegou a ser filmada por câmera do comércio e já está
com a Polícia Civil.
Logo em
seguida, os assaltantes foram para o escritório, pegando o advogado Bezerra de
surpresa. Danilo teria sido o primeiro a fugir, já Victor foi pego na saída e contido
por populares. A Polícia Militar que o prendeu encontrou em seu poder o Iphone
do criminalista, já quebrado.
Perto de Bezerra
caído no sofá em meio à poça de sangue havia uma televisão e outros objetos que
os criminosos pretendiam roubar. Uma equipe do Samu foi chamada, assim como a PM.
A corrente e pulseira de ouro que o advogado costuma usar sumiram.