Ana e Marcos: vidas encerradas
O delegado
Rubens José Angelo, titular do Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP)
de Mogi das Cruzes disse ao Site PolíciaemQAP que as investigações
e um trabalho de inteligência começaram a partir da queixa do desaparecimento
de Ana Carolina Sieiro Rodrigues Balzano, de 41 anos, no último dia 14.
“Primeiro
localizamos o seu corpo dentro do apartamento, que já estava em decomposição.
Na verdade, ainda não temos a causa da morte, provavelmente, poderia ser uma
asfixia, mas esperamos pelo laudo pericial”, explicou a autoridade.
Ele, no
entanto, ressalta que “a causa da morte ainda poderá ser indeterminada diante
do avançado estado de composição do corpo”.
Segundo o
titular do Setor de Homicídios, Ana não estava amarrada ( como foi divulgado
inicialmente pela imprensa). “Ela estava debruço na cama box com o corpo em
decomposição”.
PROVAS
Investigadores,
do Setor de Homicídios, durante as buscas conseguiram encontrar imagens do
acusado Marcos Araújo saindo do condomínio depois de matar a ex-mulher.
“Ele foi
filmado saindo com o carro que ela alugava da empresa onde trabalhava, um Fiat
Mobile. O Marcos pegou o dinheiro de Ana e passou a gastar. Ele foi para o
Hotel Mercury Pullman, no Morumbi, em São Paulo, ficou uma noite e foi embora,
deixou o carro no local. E nós chegamos até lá pelo rastreador instalado pela empresa
de locação em todos os seus veículos”, contou o delegado.
Com as imagens
coletadas em Mogi, o SHPP as uniu com as apreendidas no hotel Mercury e o
delegado Rubens e a sua equipe não tiveram dúvidas sobre a autoria do crime. “Eu
pedi a prisão temporária, todavia, ele estava se escondendo.
Após a
descoberta do hotel em São Caetano do Sul, onde Marcos se escondia, o delegado
Rubens e equipe pediu apoio aos policiais do SHPP de São Bernardo do Campo.
“No local,
foi verificado que ele se encontrava morto com uma arma no colo, perto das
pernas, e teria se suicidado conforme a perícia constatou. Ele desferiu um tiro
na têmpora direita, que transfixou e atingiu a parede. Havia respingos de
sangue nas mãos e na parede”, detalhou a autoridade.
De acordo
com ele, “Marcos era uma pessoa que não tinha antecedentes criminais, porém
tinha um relacionamento meio conturbado. Ele foi casado com Ana Carolina,
inclusive, o filho do casal fazia hoje (sexta-feira) 1 ano de idade, seria talvez,
o motivo para o suicídio dele.
Para o
titular Rubens Angelo é muito raro o autor se suicidar, mas como seu trata de
rime passional não é descartada essa possibilidade”.
Os laudos
periciais de local, de veículo e outros serão concluídos, até o do suicídio, e
anexados ao inquérito. “No final, vamos representar ao juiz para arquivá-lo em
razão da morte do agente. Não houve a participação no crime de outra pessoa,
somente a dele (Marcos Araújo)”, concluiu.