DONA DE CASA ENCONTRADA MORTA NA SERRA DO ITAPETI, EM MATAGAL, NA ESTRADA CRUZ DO SÉCULO. ELA TINHA SUMIDO DIA 8


                           Morte de Maria já é investigada pelo SHPP



No início da noite deste domingo (10) continuava cercado de mistério o assassinato da dona de casa Maria Helena Alves dos Santos, de 43 anos, casada, mãe de um filho de 2,7 anos, que residia em Jundiapeba. O corpo foi encontrado por testemunhas que faziam trilha por um matagal, na estrada Cruz do Século, na Serra do Itapeti.

A Polícia Militar foi chamada e verificou que Maria Helena tinha profundo ferimento na cabeça e o seu vestido estava levantado. O delegado José Carlos dos Santos Alvarenga, da Central de Polícia Judiciária, em Mogi das Cruzes, registrou o homicídio simples. Ele ainda acionou a Polícia Científica e o Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), que já começou a investigar o crime.

SUMIÇO

A Polícia registrava o encontro de cadáver na Central Judiciária quando ali surgiu o segurança Delso Aparecido Crosara, de 30 anos. Ele então disse os policiais que pretendia informar o desaparecimento de sua esposa e explicou que Maria Helena havia saído de casa, por volta das 6 horas, de quinta-feira, para fazer comprar nas lojas do Brás, em São Paulo.

Ao tomar conhecimento através dos policiais sobre a descrição da mulher achada morta e de suas roupas, ele não teve dúvidas que tratava-se de sua esposa Maria Helena.

Ao delegado Alvarenga, o segurança Delso Aparecido disse que Maria saiu  e após as compras na Capital voltaria para casa antes do almoço.

Segundo ele, às 6h21 a esposa fez uma ligação, dizendo que estava na estação (da CPTM), em Jundiapeba, e o trem estava cheio.

Depois de uma hora, o segurança afirmou que Maria enviou mensagem, esclarecendo que já havia chegado em São Paulo. Pouco depois, conforme declarou o marido à autoridade, a mulher dele ligou, porém ele não atendeu porque estava dormindo.

Por volta das 13 horas de quinta-feira, a esposa não retornou e Delso Aparecido esclareceu na delegacia que começou a ligar e mandar mensagens para Maria, mas não obteve retorno. Ressaltou que nesse meio tempo seguia cuidando do filho e achou estranho que as ligações caíam em caixa postal.

ABSURDO

O segurança diz que por duas vezes procurou a Polícia Militar em Jundiapeba, onde reside, e foi informado por policiais que ele tinha que aguardar 24 horas para dar queixa do desaparecimento. Informação incorreta, considerando que a comunicação do sumiço tem que ser imediata, justamente para a Polícia poder agir.

Na manhã de sábado, Delso estava a caminho do bairro do Brás para procurar pela esposa quando foi avisado por um policial que deveria comparecer à Central de Polícia Judiciária, onde deveria conversar a respeito da mulher dele.

De acordo com Delso, “Maria era uma pessoa muito comunicativa, frequentava salão de beleza e a chácara da família em finais de semana”. Ele observou que “ela não costumava fazer postagens em redes sociais”.

A Polícia Civil assinalou no histórico do boletim de ocorrência sobre o homicídio que a bolsa marrom, de alça, de Maria, desapareceu com R$ 800,00, o celular vermelho, documentos e objetos pessoais. O SHPP ainda deve apurar se a bolsa foi roubada pelo autor do crime.