Defesa: Assessora Carla e o advogado Beraldo após a audiência
O motorista
de Audi Henrique Lisboa Reis, de 22 anos, foi interrogado nesta sexta-feira
(11) na audiência de instrução e julgamento, que começou às 13h30, no Fórum de
Mogi das Cruzes e terminou às 17h20. O advogado José Beraldo que defende o
ciclista Alessandro Palazzi de Souza, de 41 anos, o qual perdeu a perna direita
no acidente em tese provocado por Henrique, em junho de 2021, no bairro do
Mogilar, disse que “ele (réu) falou que está transtornado”.
Na sua argumentação José Beraldo tentará desclassificar o crime de lesão corporal culposa (sem intenção) para que seja aceita em juízo a sua tese de tentativa de homicídio com dolo eventual com duas qualificadoras, em razão da omissão de socorro e dirigir sem possuir carteira nacional de habilitação.
“Vou requisitar também que o réu seja pronunciado pelo juiz e vá para o Tribunal do Júri para ser julgado pelo crime que cometeu e acabar na cadeia”, finalizou.
Segundo o
criminalista, “eu perguntei de onde ele vinha no dia do acidente e respondeu
que de um churrasco no Condomínio Aruã. Ressaltou que ainda está transtornado
com isso, e questionado o motivo de não ter ficado no local do atropelamento,
justificou que estava muito nervoso e sabia que ao avisar o pai dele, ele
saberia lidar melhor com a situação e prestar socorro ao rapaz”.
Beraldo
participa do processo de lesão corporal gravíssima após ser constituído por
Palazzi. Na audiência, ele contou com a assessoria da acadêmica do Curso de
Direito, Carla Giovana.
“O réu
(Henrique) teve a coragem de afirmar que o ciclista entrou na frente do Audi, o
que é um verdadeiro absurdo. Falei, e as provas e as testemunhas que o viram a
ser atingido pelo carro e ser lançado para o alto e cair 60 metros depois”,
frisou o advogado Beraldo.
O juiz de
Direito Davi de Castro Pereira Rio, da 2ª Vara Criminal, interrogou Henrique,
ouviu o seu pai, testemunhas de defesa, assim como a vítima Alessandro Palazzi
e as testemunhas de acusação.
Alessandro Palazzi que por causa do acidente alterou o rumo de sua vida ainda está em fase de recuperação e se adaptando à prótese. O motorista do Audi responde na esfera cível o processo por danos materiais e morais.
