A primeira abordagem da viatura da Polícia Militar no carro do agente policial
Dois Policiais
militares, da 1ª Companhia, do 17º BPM/M, foram denunciados à Corregedoria da
Polícia Militar, em São Paulo, pelo agente policial Wilson Isidoro Júnior, que
trabalha no 54º DP, em São Paulo, e reside em Mogi das Cruzes. Suspeito por
parte da equipe da PM de ter desferido um tiro na viatura a 200 ou 300 metros
de distância, na rua João Dasambiágio, na Vila Oliveira, o perseguiu com apoio
de vários colegas em serviço, e o prenderam a caminho da casa dele, na noite do
dia 30 de março último. Ele foi
inicialmente apresentado na Central de Polícia Judiciária, na Vila Rubens, mas
a decisão da Polícia Civil foi levar Wilson à Corregedoria da Instituição, na
Capital, onde somente por volta do meio dia do dia 31 foi autuado em flagrante,
removido ao Presídio e a Justiça o colocou em liberdade na audiência de custódia.
O policial
civil Wilson procurou o Site PolíciaemQap, pois considera que a sua prisão
foi ilegal, negando ter efetuado qualquer disparo na direção da viatura da PM.
Ao ser interrogado em seu auto de prisão em flagrante, ele disse que os
policiais o agrediram e o ofenderam, contrariando a legislação, e até mesmo
sequer ouviram a sua explicação que realizava diligências para pegar o autor do
furto de uma bicicleta e outros de produtos.
“Eu segui o
suspeito e fui até um terreno baldio. Ele me viu, corri atrás e o ladrão se
embrenhou no mato e continuou fugindo. Dei três tiros para o ar, na tentativa
de evitar a fuga. Naquele momento, não havia qualquer viatura por perto”,
afirma Wilson Isidoro.
Os policiais
militares, no entanto, ao apesentarem a ocorrência, falaram que estavam em
patrulhamento e na rua João Dasambiágio viram parado um Ford Fiesta ocupado por
um casal (Wilson e a namorada). Eles disseram na Corregedoria da Polícia Civil
que aproximaram a viatura e logo o agente foi se identificando, sendo que foi
orientado pela equipe que o local era perigoso.
O policial
civil Wilson conseguiu o vídeo registrando o momento da primeira abordagem, o
qual mostra os policiais militares se afastando sem problemas. Ele contou que
em seguida viu o ladrão e iniciou a perseguição.
“De forma
alguma os tiros que dei para cima para tentar conter o ladrão poderia atingir a
viatura. E como alguém à noite poderia atingir uma viatura a 300 metros e qual seria
o motivo de disparar contra uma viatura. Sou policial há 23 anos, trabalhei em
várias Unidades na região de Mogi. Os próprios militares contaram que seguiram
depois de alertar sobre o perigo e ouviram um barulho na viatura e depois os tiros no terreno. E já suspeitaram que fui
eu,um absurdo”.
O agente
Wilson explicou que o seu advogado está cuidando de sua defesa e também da
denúncia feita contra os policiais militares na Corregedoria da PM, já que eles
têm de trabalhar de acordo com a lei. Além do mais, está analisando meio de mover
na Justiça ação de danos morais e materiais em desfavor da equipe d PM.