Delegada Raquel em defesa da classe
Desde 2012 no Estado de São Paulo foram registrados 68 suicídios de policiais, afirma a presidente Raquel Kobashi Gallinati, do Sindicato dos Delegados de Polícia, como divulgou a assessoria de imprensa, da Unidade.
De acordo
com ela, “os dados da Ouvidoria da Polícia destacam que o índice de suicídios entre
policiais é seis vezes maior do que a média da população”.
Ela informou
que “a Polícia Civil de São Paulo registra um índice desconhecido do público,
ao mesmo tempo alarmante e triste”.
A Secretaria
de Segurança Pública, ressalta a delegada, esclarece que “68 membros da Instituição
tiraram a própria vida, conforme dados tabulados desde 2012”.
Raquel
compara que “no mesmo período , a Polícia Civil registrou 33 mortes de policiais
em serviço”.
A presidente
Raquel ainda cita o documento “Uma análise crítica do Suicídio Policial”,
publicado em dezembro de 2019 pela Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo com
a participação dos Conselhos Federal e
Regional de Psicologia de São Paulo, declina a dimensão do problema”.
“No Estado a
baixa de suicídio foi de 5,0 para cada
100 mil habitantes até 2017 e 2018, período da pesquisa. Na Polícia Civil foi
mais de 6 vezes maior este número, 30,3 acima de 10 é considerado epidêmico
pela Organização Mundial de Saúde”, frisa.
Ainda conforme, a delegada “a estatística aponta que os investigadores
são os mais afetados, representando 40 por cento dos casos, mas há registros de
delegados, escrivães e agentes”.
Para ela, “em números gerais 96,8 por cento dos casos de suicídio
são precedidos de um registro anterior de saúde mental do paciente”
“Os principais elementos identificados envolvem depressão,
transtorno bipolar e abuso de substâncias químicas como álcool”, finaliza a
presidente Raquel, frisando que “de 2011 a 2022 foram 15 suicídios de policiais
civis aposentados no Estado de São Paulo”.